Só passado.

Eu o amava muito, a medida que o tempo passava o encanto só aumenta e eu sentia muita saudade. O pensamento estava situado naquela pessoa, 99% dos minutos que eu pensava em algo, não era bem algo, era alguém. Sem dúvida eu estava apaixonada; após tantas discussões que surgiam do nada, depois de tanto tempo perdido com bobagens, eu via naquele ser um motivo para amá-lo, observava razões que me levavam a ele... a convivência irritante e ao mesmo tempo carinhosa fez com que eu me aproximasse e gostasse de não só está ao seu lado, mas querer-te por todo o tempo. E foi o que aconteceu com você também, não sei se na mesma intensidade, da mesma forma... mas pelo menos interesse havia. Mas após alguns poucos meses, foi se mostrando uma pessoa afastada, não ligava muito para as coisas que eu falava e até mesmo desviava olhar, pensamento, conversa. E isso me atingia, me atingia de uma forma incrível, estava me machucando aos poucos, você fingia não perceber e eu não sabia o que estava ocorrendo. Eu descobri, da forma pior possível o que era a indiferença percebi pouco a pouco como isso me machucava, como me deixava triste, foi algo que até então eu nunca havia experimentado, ou ao menos reparado; eu que sempre fui acostumada a ser tratada com tamanha atenção por alguém que eu amava muito, de repente me sentia como qualquer coisa sem importância. Com toda sinceridade, foi uma das piores sensações que eu já havia sentido, também uma das piores cenas que já havia presenciado sentir o olhar mais frio diante de mim naquele último momento ''juntos''. E eu chorava porque doia, doia muito... até a alma. E eu estava convicta que aquilo não poderia continuar, eu não poderia me ferir aos poucos e ainda bem que ele teve consciência de que não havia mais jeito, foi melhor assim. O que restou de tanta indiferença? O término de todo aquele encanto... foi difícel esquecer, mas foi necessário. E eu aprendi que não queria jamais me deparar com a indiferença novamente, esperei não ficar cara a cara com essa sensação, nunca mais.