quinta-feira, 29 de março de 2012

As flores de maio

Fazia tantos anos que eu não voltava aquela fazenda. Diga-se que agora tenho 25 anos... Ou seja, dez anos longe do meu cantinho, dez anos longe de você.

Lembro como se fosse hoje de quando nós dois brincávamos e éramos felizes com toda dose de inocência existente neste mundo. Não havia pressa de crescer, de se ocupar com coisas que mais tarde nos atribuem responsabilidade e muitas preocupações. Eu poderia ficar ao seu lado olhando as nuvens, os desenhos magníficos; sentindo o vento; as árvores com flores vermelhas, amarelas, azuis... Ah, as azuis eram as preferidas de ambos! Muitas vezes eu sentia até dó das flores, risos. E eram no outono, mas precisamente em maio que elas brotavam e ao mesmo tempo caiam.

A nossa juventude teve pós e contras, acho que foi neste época que pude perceber e entender o quanto você era e continua sendo importante na minha vida, pela vivência ou pela lembrança. E foi ali que descobrir o AMOR. Mais puro e verdadeiro. O céu, a grama, as flores azuis no seu cabelo eram testemunhas de tudo que estávamos sentindo. Mas que pena que as coisas mudaram, pena que eu não posso mais te ter nos meus braços e hoje... Hoje?

''Não colho mais as flores de maio, nem sou mais herói, como os heróis...''


Inspiração: Sapato Velho - Roupa Nova.

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