quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

O sentimento não para.



Salvador, 15 de janeiro de 2016, 08:06 pm, BR 324.
Uma jovem volta de uma breve viagem noturna de carro, e de repente surge um grande clarão diante dos seus olhos.


Três dias depois ela está numa cama, desacordada. Estado: estável.
Com aparelhos, soros, máscara de oxigênio. Sim, um acidente, um grave acidente pós 4 dias de viagem. Mas por que logo ela? Uma jovem, realizada com suas condições, com pessoas que a amam ao seu lado e que há 5 anos havia encontrado seu grande amor. Por que? Essa é a pergunta que a vida atribui a nossas mente quando nos deparamos com determinadas situações, principalmente as mais delicadas.

Todos os olhares são voltados para ela na cama. Um entra e sai no quarto. Esperanças anexadas a um único e exclusivo ser humano agradável e perseverante. 

Ele pensava: ''Será que não foi culpa minha?'' ''Eu disse a ela que estava ansioso para vê-la.'' ''Que queria abraçá-la o quanto antes.'' ''Que droga!'', e enquanto isso as lágrimas não paravam de rolar na sua face. Ele queria estar no lugar dela, mas as coisas não funcionam desse jeito. 

Mas há exatamente 20 minutos ele presenciaria uma das melhores cenas da sua vida: ela acordou e lembrava-se dele, sorriu de forma verdadeira. Ele sentiu-se satisfeito, pois do jeito que um dos ferros havia atingido a cabeça da vítima, dificilmente ela voltaria com a memória normalizada, ainda bem que os 10% de chances, transformou-se em 100% de realização pelo menos neste aspecto.

A mulher ao seu lado, estava viva e sorria pra ele da mesma forma que sorriu quando se viram pela primeira vez. Nos corações de ambos sentimentos diversos: amor, tranquilidade, nostalgia, felicidade... Por saber não só que estavam juntos novamente, mas também por ter grande esperança de que ela poderia viver bem com seus familiares, amigos e todos aqueles que a amavam. As faces, sentimentos, momentos não foram esquecidos, e ainda sim, se isso ocorresse lutariam juntos para que a situação fosse revertida. 

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